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terça-feira, 17 de setembro de 2013

BEYONCÉ - ROCK IN RIO

O relógio marcava 00:15 horas, início da madrugada do dia 14 de setembro, quando luzes e instrumentos musicais anunciaram a entrada de Beyoncé, última atração do primeiro dia da edição 2013 do Rock in Rio. Era o show mais esperado da noite, inclusive para mim. Em um super telão de led de última geração no fundo do palco eram projetadas imagens de alta definição. Em algumas vezes, durante o show, dava a impressão de que se tratava de imagens em 3D. Pura ilusão de ótica, obviamente. Beyoncé entrou com tudo, cantando de cara um de seus maiores sucessos, a dançante Run The World (Girls). O público acompanhou cantando, pulando, gritando. Mas a força da primeira canção foi quebrada, pois ela preferiu seguir com músicas mais lentas, como End of Time e If I Were a Boy. E este foi o mote até o final. Para piorar, Beyoncé trocou de figurino várias vezes durante o espetáculo, umas dez vezes. Todo o figurino é muito bonito e chama a atenção, mas o tempo gasto para tais trocas causou uma quebra de ritmo que, para mim, prejudicou o andamento do show. Claro que já vi muitos outros shows, nacionais e internacionais, com troca de figurino, como o último de Madonna, mas não me lembro de quebra de ritmo tão acentuada quanto neste show de Beyoncé. Enquanto ela trocava de roupa, a direção do espetáculo optou por colocar imagens em alta definição no telão, enquanto um set instrumental era executado, mas nunca de forma vibrante que pudesse segurar o público dançando até o reaparecimento da cantora. Em determinadas trocas de figurino, a música instrumental foi substituída por declamações de textos pré-gravados por Beyoncé. Muito chatas, por sinal. Os cabelos esvoaçantes, mesmo depois do acidente com um ventilador, também estiveram presentes, sinal de que a cantora não abandonará tão cedo seus indefectíveis ventiladores. Sucessos não faltaram no set list, como Baby Boy, Diva, Party, Irreplaceable, Crazy in Love, Love on Top, entre outros. Transcorrida quase uma hora, o show deu uma melhorada, na sequência de Love on Top, Crazy in Love e Single Ladies (Put a Ring on It). Parecia que, enfim, o show cresceria em animação, mas veio a lenta I Was Here e, em seguida, a homenagem a Whitney Houston, quando ela interpretou I Will Always Love You, sucesso na voz de Whitney, mas anteriormente gravada por Dolly Parton. A homenagem foi seguida de Halo, quando ela desceu para perto do público, onde as pessoas tentavam tocar na cantora. Teve gente que chegou a puxar os cabelos de Beyoncé. Tudo isto era mostrado nos telões. Como de costume, ela enxugou o rosto rapidamente com uma toalha branca e a deu para alguém da plateia. Quem pegou, estava na frente, no gargarejo, sinal de que era fã ardoroso da cantora. Assim, a toalha virou um verdadeiro troféu para mostrar para os amigos e parentes. Quando ela voltou ao palco, surpreendeu a todos ensaiando uns passos de funk enquanto a música Passinho do Volante, dos funkeiros MC Federado e Os Leleks, saía em alto e bom som dos alto falantes. Era o fim de um show com altos e baixos, com excesso de quebra de ritmos, mas utilização de tecnologia de ponta, mostrando que um painel de led de alta definição pode deixar qualquer cenário no chinelo. Saí um pouco decepcionado com este show. No balanço da noite, Ivete Sangalo foi a grande vitoriosa.

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