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sexta-feira, 22 de março de 2013

MARIANA AYDAR - CAVALEIRO SELVAGEM AQUI TE SIGO

Minha amiga Vera me convidou para ver o novo show de Mariana Aydar no Teatro da Caixa Cultural. Foi na noite de quarta-feira, dia 20 de março, às 20 horas. O show tem o mesmo nome do último trabalho gravado da cantora, Cavaleiro Selvagem Aqui Te Sigo. O primeiro sinal tocou ainda com as portas do teatro fechadas. A entrada foi rápida. O teatro ficou cheio, mas nem todas as cadeiras estavam ocupadas, mesmo com a informação da bilheteria que os ingressos estavam esgotados. São as famosas cortesias que os agraciados costumam não usar. Às 20:15 horas as luzes se apagaram, quando anunciaram o show de abertura com uma nova cantora brasiliense. Adriah é o nome dela, que entrou no palco com uma guitarra acompanhada de três músicos. Sua música é rock e seu modo de cantar parece muito com o de Ana Carolina. Ela grita muito durante a interpretação. Ao final da primeira música, a receptividade da plateia não foi das melhores, com palmas protocolares, e assim foi até o final do seu show. Com músicas autorais, sem ser conhecida do público presente, e com muita gritaria, pareceu-me que o show de abertura não agradou. Escalação infeliz da produção, pois o estilo de música e respectivo repertório de Adriah em nada se assemelha ou dialoga com o de Mariana Aydar. E o pessoal estava ali para ver Aydar cantar. Eu gosto de shows de abertura, uma ótima oportunidade para mostrar ao público presente os artistas novos na cena musical da cidade, mas a escolha tem que levar em consideração o perfil da plateia que comprou ingresso. Deve haver um diálogo, mesmo que tênue, entre a atração da abertura com a principal artista da noite. O show de Adriah durou cerca de meia hora. Em seguida, fizeram últimos arranjos no palco. Aydar foi anunciada às 20:50 horas. Ela entrou ostentando um barrigão, onde traz a filha Brisa, suingando muito, em perfeita harmonia com os cinco músicos da banda que a acompanha. O rock de Adriah cedeu espaço para o pop, o samba e o forró de Mariana Aydar. A maioria das canções do setlist fazem parte de seu terceiro disco, o que dá nome ao show. Foi gostoso ouví-la cantar suas composições e embalar o público com versões muito próprias para sucessos como Vai Vadiar, de Zeca Pagodinho, Galope Rasante, de Zé Ramalho, e Nine Out of Ten, de Caetano Veloso; ou com uma tocante homenagem a Dominguinhos quando interpretou Preciso do Teu Sorriso, que no seu terceiro disco tem ele em participação especial. Uma das músicas que mais gosto na voz de Mariana Aydar também fez parte do show: Zé do Caroço, canção também gravada por sua autora, Leci Brandão, e por Seu Jorge. Ao final de uma rasgante interpretação, uma saudação a Leci Brandão. Já no bis, depois de encerrar com Cavaleiro Selvagem, a cantora prestou uma justa homenagem a Emílio Santiago, interpretando o samba Verdade Chinesa (Gilson & Carlos Colla), um de seus sucessos, para, em seguida encerrar cantando um samba, chamando ao palco, Duani Matins, presente na plateia, e um de seus principais parceiros e incentivadores. Ao final de 70 minutos terminava um belo show, sem grandes pirotecnias, apenas com a voz macia de Mariana Aydar e sua competente banda.

música
show

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