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quarta-feira, 27 de março de 2013

DE BRASÍLIA PARA CINGAPURA - PARTE 1

Na segunda-feira, 25 de março, eu e Ric descemos para pegar o táxi com duas pesadas malas, fora as mochilas. Eram 10 horas da manhã e estava iniciando nossa longa jornada até Cingapura. Ao invés de pedir um táxi por telefone, preferimos pegar um dos que ficam no ponto na entrada da quadra, mas não havia nenhum disponível. Tivemos que ligar e esperar dez minutos para o carro chegar. O trânsito estava bom, o que nos possibilitou chegar ao Aeroporto de Brasília vinte minutos depois. Fomos direto para o balcão da TAM reservado para quem tem o cartão fidelidade vermelho ou o cartão de crédito Itaú Fidelidade Platinum. Não havia ninguém na fila. A atendente foi muito simpática, informando-nos que nossa bagagem seria despachada direto para Cingapura, mas que, em relação ao cartão de embarque, teríamos que passar no balcão da Singapore Airlines no Aeroporto de Guraulhos para trocá-lo. A minha mala pesou 27 quilos e a de Ric, 26,8 quilos. Os assentos já estavam previamente marcados e foram mantidos. Todos em poltronas situadas no corredor da aeronave. No trecho Brasília-Guarulhos, assentos 8C e 8D, e no trecho Guarulhos-Cingapura, 41G e 41H. Os bilhetes foram emitidos há seis meses atrás, utilizando milhas para tanto. Até a noite anterior à viagem, tentei conseguir trocar para a classe executiva, também com milhas, mas não tive sucesso. Nesta viagem, seremos oito pessoas, sendo seis de Brasília e duas de Belo Horizonte. Cada dupla tinha voos diferentes, em horários e companhias aéreas diversas. Eu e Ric seríamos os primeiros a chegar em Cingapura. No trecho nacional, dois amigos de Brasília estavam juntos conosco, mas já em Guarulhos, tínhamos voos diferentes. Assim que fizemos o check in, eu e Ric fomos para a sala de embarque, ficando em frente ao portão 3, de onde estava prevista a saída do voo para 11:50 horas. Nossos amigos só apareceram na hora de embarcar. A chamada para o embarque aconteceu no horário previsto. Voo com ocupação parcial. Na mesma fileira onde eu estava sentou uma mulher aparentando uns trinta anos. Ela vestia uma blusa de lã, com mangas compridas e gola rolê. Em dois tempos, puxou conversa comigo, perguntando se eu estava sentindo que o interior da aeronave estava muito quente. Olhei para ela, sorri, e disse que ela sentia calor por causa da blusa e não porque estava calor. Em seguida, ela me perguntou para onde eu iria. Ao responder que estava viajando de férias para Cingapura, ela fez cara de dúvida, emendando a pergunta onde ficava este lugar. Ao responder que ficava no Sudeste Asiático, a cara de dúvida não se desfez. Para não esticar a conversa, transferi a pergunta para ela. Ia para a Espanha e estava nervosa, pois nunca tinha saído do Brasil, viajava sozinha, faria uma conexão em Paris e não sabia falar nem francês, nem espanhol. Perguntei se viajava para trabalhar, e ela me respondeu afirmativamente, mas logo mudou a resposta, dizendo que estava viajando de férias. Então tá! Estava na cara que estava viajando para tentar arrumar trabalho na Espanha. O papo encerrou aí. O voo saiu no horário marcado. Estava com fome, mas só serviram água sem gás, Coca Cola Zero ou normal e um pacotinho mínimo de amendoim torrado. O serviço de bordo da TAM cada dia piora mais, principalmente depois que ela foi comprada pela LAN. As tão detonadas barrinhas de cereal da GOL eram melhores do que o amendoim servido. Como a fome apertava, a enganei com os amendoins. Pousamos em Guarulhos no horário correto, desembarcamos e acompanhamos os nossos amigos na esteira, pois eles não puderam despachar as malas diretamente como nós fizemos. Passados vinte minutos, e com a necessidade de passar antes no balcão da Singapore Airlines, resolvemos deixá-los esperando as malas e seguimos para a Asa A do Aeroporto de Guarulhos, onde fica o check in da companhia aérea com a qual continuaríamos nossa viagem. Nesta asa também fica o Restaurante Viena, local onde combinamos de nos encontrar para almoçar. Passavam das 14 horas. Nosso voo estava marcado para 16:50 horas. Havia uma pequena fila no balcão da companhia, mas não demorou muito para chegar nossa vez. Fomos para o balcão onde uma atendente era treinada. Assim, foi um pouco demorada a nossa permanência no check in. Na verdade, não houve troca de cartão de embarque. Permanecemos com os que tínhamos recebido no balcão da TAM, ainda em Brasília. Eles foram conferidos, os números de nossos passaportes foram inseridos no sistema, informamos um nome de contato no Brasil, e ela verificou se nossas bagagens tinham seguido para o avião. Tudo checado, recebemos de volta os cartões de embarque nos quais foram colocados adesivos azuis redondos. Nosso embarque começaria às 15:45 horas pelo portão 10. Entramos em contato com nossos amigos, que ainda aguardavam as malas. Seguimos para o Restaurante Viena, onde almoçamos, servindo-nos do variado buffet, com opções para todos os gostos. Terminamos de almoçar sem a companhia dos amigos. Quando já estávamos na fila para pagar a conta, eles chegaram. O embarque deles seria em outro terminal. Desejamos boa viagem reciprocamente. Eu e Ric resolvemos entrar para o embarque, já que eram quase 15 horas. No controle de raio X, tive que tirar notebook e plástico com líquidos em frascos de até 100 ml cada um da mochila, além de colocar iPhone, chapéu e travesseiro de viagem nas bandejas antes de passar pelas máquinas de raio X. Tive que abrir a bolsa, pois implicaram com a caixa de meus óculos de grau. Ela tem o formato  de uma caixa retangular. Tudo liberado, era hora de enfrentar a fila da imigração. Não vi placas indicando o local de brasileiros e de estrangeiros, entrando no caminho mais perto de onde eu estava. Ao dobrar a esquina, notei que a fila em que eu estava andava, mas só tinha estrangeiros, enquanto a fila do lado era maior, estava parada e a maioria das pessoas era brasileira. Ric ficou na fila e eu fui perguntar para uma funcionária que ajudava na organização das filas, com colete amarelo de identificação, se estava na fila correta. Não sei se ela se confundiu, mas respondeu que a fila que eu estava era de brasileiros e a outra de estrangeiros. Fiquei onde estava. Em seguida, mais gente confusa e outras reclamando que a fila ao lado da minha não andava. Outra atendente disse justamente o contrário. Resolvi ficar onde estava desde o início. O problema da fila não andar era o sistema que tinha caído em alguns computadores. Na verdade, não há nenhuma diferença de atendimento, pois o sistema de controle é o mesmo. Fomos atendidos e, pela primeira vez, não se incomodaram em passarmos juntos no mesmo balcão da imigração. Uma mulher sorridente e educada nos atendeu, pedindo para eu retirar meu passaporte da sua capa de proteção, pois ele tinha que ser digitalizado. Ric comentou que não entendia porque vendiam capas de proteção se sempre que passávamos no controle de imigração, tinha que tirar a tal capa. Eu disse que tinha acabado de passar pela imigração na Costa Rica e no Panamá e em nenhum momento precisei tirar a capa. Seguimos em frente, passando reto pelo Duty Free. Ficamos sentados em frente ao portão 10 até a chamada para o embarque, que aconteceu de forma organizada, no horário e sem atropelos na fila. Fomos um dos últimos a embarcar. Dez horas de voo nos aguardava até a escala em Barcelona, Espanha.

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