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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

DEIXE A RENOVAÇÃO TOMAR CONTA DE VOCÊ

O título deste post é o início de uma correspondência que o Programa Mais do Pão de Açúcar enviou para mim por ocasião do meu aniversário, 31 de outubro. O pacote chegou alguns dias do aniversário. Dentro da caixa havia um origami de biscoito da sorte, feito de papel. Como todo biscoitinho chinês, dentro havia uma mensagem que caiu como uma luva para o momento que vivo no trabalho: 

O NOVO PODE TRAZER ALEGRIA. ABRA OS BRAÇOS PARA A RENOVAÇÃO.

É melhor seguir o que diz o oráculo, já dizia minha amiga que mora em Vila Velha, Espírito Santo. Taí, como um bom escorpiano, vou abrir os braços para esta renovação que chegou tão abruptamente em minha vida. No mais, começa aqui o caminho para meio século. Projeto Rumo aos 50 começa hoje!

Abaixo, as fotos do origami que mencionei no começo desta breve postagem, juntamente com a mensagem.

É TEMPO DE COMEMORAÇÃO!






terça-feira, 30 de outubro de 2012

MANÁ - DRAMA Y LUZ

Domingo, 28 de outubro de 2012, 19:30 horas. Chego ao Chevrolet Hall em Belo Horizonte para conferir o show da banda mexicana Maná, da turnê Drama Y Luz. Comprei o ingresso no dia anterior, diretamente na bilheteria do ginásio, por R$ 180,00, preço único, com acesso livre para as arquibancadas e para a pista. Um calor infernal tomava conta do ambiente. Embora com pé direito muito alto, o que garante uma certa ventilação, o ginásio não tem sistema de ar condicionado, o que o tornava um forno. Antes mesmo do horário marcado para começar o show, às 20 horas, já havia acabado o estoque de Coca Cola no bar, restando água quente, Kuat e Fanta Laranja. A banda só entrou no palco quarenta e cinco minutos depois do horário marcado, agitando a galera com uma projeção com imagens do céu e de um furacão visto por cima, ao som de uma orquestra. O ginásio recebeu um bom público que acompanhou, música por música, o show da banda de pop-rock. Gosto muito da banda e os tinha visto ao vivo uma única vez na última edição do Rock in Rio no Rio de Janeiro. Desta vez, o palco era só deles, quando puderam utilizar de recursos tecnológicos para dar maior intensidade ao show. Explosões, projeções de filmes e luzes foram uma constante durante as quase duas horas de show. Entre uma canção e outra, o vocalista Olvera não cansava de elogiar o Brasil. Mostrou o que chamou de tesouro mexicano, ao tomar um shot de tequila e a comparou à cachaça, numa pronúncia engraçada, e ainda agradeceu aos músicos da banda mineira Jota Quest por eles terem acompanhado o Maná na tarde de domingo na cidade. O show foi baseado no cd que dá nome à turnê, mas os grandes sucessos não ficaram de fora. Oye Mi Amor abriu o show, acompanhada pela maioria dos presentes. Seguiram-se músicas dançantes, mostrando que o show seria bem animado. No meio do espetáculo, um set com alguns sucessos tocados de forma acústica, quando uma jovem da plateia foi convidada a subir ao palco, se sentar ao lado do vocalista e do guitarrista, como se o show fosse somente para ela. Embora ela tenha recebido uma taça de vinho branco, não a vi tomar nenhum gole enquanto esteve com os músicos. Outros sucessos como Lluvia al Corazón, Mariposa Traicionera, Eres Mi Religion e Vivir Sin Aire também foram cantadas a plenos pulmões pelo público. Um dos pontos altos do show é a performance para Latinoamerica, quando uma projeção frenética ao fundo do palco mostrava todas as bandeiras dos países latino-americanos, como se todos eles fossem um só país, um só povo. Ao final, Olvera desenrolou um pano que estava em um bambu, descortinando as bandeiras de México e Brasil colocadas uma na outra. O público foi ao delírio. Saíram do palco, mas logo retornaram com os pedidos de bis. Cantaram ainda os sucessos Labios Compartidos e Corazón Espinado. Um agradecimento apareceu no fundo do palco: Gracías Belo Horizonte. Era o final de um ótimo show, bem melhor do que eu vira no Rock in Rio.






música
show

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

NIEMEYER RESTAURANTE E BAR - GASTRONOMIA EM BELO HORIZONTE (MG)



Endereço: Rua Pium-i, 807, Carmo Sion, Belo Horizonte, Minas Gerais.

Fone: 31 2531 4972.

Especialidade: cozinha contemporânea, com destaque para risotos e galetos, sob o comando do chef Felipe Pastor.

Quando fui: jantar do dia 27 de outubro de 2012, sábado. Éramos três pessoas. Chegamos por volta de 21:30 horas, sem reserva prévia. A noite estava muito quente, motivo pelo qual as mesas no terraço que dá de frente para a rua eram as mais disputadas. Para nossa sorte, uma mesa acabara de vagar quando chegamos. Permanecemos no restaurante por duas horas.

 Serviço: eficiente e correto, embora alguns garçons ainda não dominem os itens do menu. Bom serviço de vinho. Pratos chegam à mesa em tempo correto, sem muita demora.

O que bebi: uma lata de Citrus Antarctica e compartilhei com os amigos uma garrafa do vinho tinto francês Château de Mauves Graves 2006 (R$ 77,00).



O que comi: fui direto no prato principal, escolhendo um galeto desossado assado acompanhado por risoto de parmesão. Não há uma nítida preocupação com a apresentação do prato. No entanto, os esforços parecem se concentrar no seu preparo, pois o galeto estava muito bem temperado, cozido no ponto certo, enquanto o risoto veio cremoso, com arroz carnaroli al dente. Aprovado.

Valor total da conta: R$ 195,00.

Minha avaliação: * * *. Restaurante novo, com apenas cinco meses de inauguração, mas que já atrai um bom público para uma região onde o domínio é de bares. Boa pedida para uma noite descompromissada. O salão interno é mais aconchegante, com toalhas nas mesas, e ar condicionado, mas se o tempo permitir, a melhor pedida é o terraço.

Gastronomia Belo Horizonte (MG)

domingo, 28 de outubro de 2012

GONZAGA DE PAI PARA FILHO

Breno Silveira dirigiu o tocante 2 Filhos de Francisco e emocionou todo mundo que foi assistir ao filme, mesmo quem não é fã de música sertaneja, como eu. Agora, ele volta à seara musical, contando a história de dois Gonzagas, Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, na cinebiografia Gonzaga De Pai Para Filho. Fui conferir o filme no final de semana em que estreou nos cinemas e a sala estava bem cheia para uma sessão no início da tarde de um domingo. O filme foca na relação de Luiz Gonzaga com seu filho Gonzaguinha, relação esta um tanto quanto tumultuada ao longo dos anos. Breno Silveira partiu de gravações em fitas cassetes feitas por Gonzaguinha quando esteve com seu pai em Exu, interior de Pernambuco. Ele já era famoso com suas músicas de protesto, enquanto seu pai vivia um certo ostracismo no Sul-Sudeste do país. Esta visita, embora não desejada, era para ajudar seu pai, levando um contrato para shows e gravações. Ele se viu na obrigação de fazer isto porque seu pai, embora sempre ausente, nunca lhe deixara faltar nada. O filme vai e volta no tempo, entremeando cenas da entrevista em Exu com a vida de seu pai, desde a infância pobre no interior até a chegada no Rio de Janeiro, onde cantou nas ruas e bares até chegar ao sucesso, que só chegou quando resolveu mostrar a música nordestina ao povo do sul. O filme prende a atenção, embora seja lento, não tem o dinamismo de 2 Filhos de Francisco. Também emociona bastante. Muita gente chora durante a projeção. A relação tempestuosa de dois grandes nomes da música brasileira é muito bem contada, com direção firme e emocionante de Silveira, mesmo com um time de atores principais fraco. Não gostei dos atores que dão vida a Gonzagão em todas as suas fases (Land Vieira, Chambinho do Acordeon e Adélio Lima). Não me passaram verdade. Em compensação, o elenco de apoio está muito bem, com destaque para Cláudio Jaborandy que interpreta Januário, pai de Gonzagão, e Sílvia Buarque, que dá vida a mulher que criou Gonzaguinha. Também merece menção as rápidas aparições de Zezé Motta, Cássio Scapin e João Miguel. Apesar de não ter gostado dos atores que dão vida a Gonzagão, isto não atrapalhou em nada o roteiro e a história bem contada. Emociona e diverte. Trilha sonora de primeira, como era de se esperar.

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sábado, 27 de outubro de 2012

007 OPERAÇÃO SKYFALL


Sou fã da série 007. Tenho todos os filmes em casa, além de um livro sobre o icônico personagem James Bond. Ainda compro uma série de revistas, que saem em período não muito regular nas bancas, que, além de contar fatos e curiosidades sobre cada um dos filmes, traz uma miniatura de um dos veículos usados por 007 nestes filmes. Minha curiosidade e expectativa ficaram grandes para 2012, pois a franquia completa 50 anos e nada melhor do que uma boa comemoração lançando um novo filme nos cinemas. Assim, chegou à telona o 23º filme do agente secreto britânico mais famoso do mundo: 007 Operação Skyfall (Skyfall), co-produção de Estados Unidos e Grã-Bretanha, dirigida pelo ganhador do Oscar Sam Mendes. No elenco, Daniel Craig, cada vez melhor como Bond; Judi Dench, se despedindo da personagem M, a chefe de 007; Ralph Fiennes, como Gareth Mallory, o novo chefão da MI6; Naomi Harris, como Eve, uma das bondgirls do filme, que tem um interessante segredo revelado ao final da película; Bérénice Marlohe, vivendo a enigmática Sévérine, a outra bondgirl; e o fabuloso Javier Bardem, dando vida ao mega vilão Silva. O filme faz uma mistura de passado e presente, de nostalgia e atualidade, muito bem harmonizada por Mendes. Ele consegue trazer o glamour dos primeiros filmes de Bond, quando Sean Connery dava vida ao agente secreto, sem cair na pieguice de uma volta ao passado. Além disto, Craig consegue imprimir um toque que Connery dava a 007, incluindo sorrisos irônicos e tiradas com muito bom humor, atualizando o personagem. O realismo fica por conta das perseguições, das explosões e da falta de um inimigo maior, tipo Guerra Fria. No caso, Silva é um ex-agente da MI6, o preferido à época de M, que se muda de lado e passa a espalhar o terror, usando as mesmas armas que a agência MI6. Para piorar, M e seus comandados passam por uma prova de fogo no parlamento inglês, quando são questionados se ainda há motivos para gastar rios de dinheiro com espionagem no mundo. Javier Bardem rouba todas as cenas em que aparece, interpretando Silva como um ambíguo ser sexualmente falando, pois ao mesmo tempo em que mantém a bela Sévérine ao seu lado, faz uma carícia pra lá de ousada em Bond, que dá uma resposta que deixa todo mundo com a pulga atrás da orelha. Bardem está a cara de Clodovil, só que louro. A nostalgia fica por conta da não utilização por Bond de aparelhos tecnológicos de última geração, de aparecer um Aston Martin com o botão vermelho na marcha para ejetar o passageiro, como nos primeiros filmes, e da volta do personagem à antiga casa onde nasceu e cresceu, no interior da Inglaterra. Craig/Bond continua usando ternos impecáveis, escapando da morte, bebendo champanhe e seu drinque favorito, o dry martini. O filme é muito bom, um dos melhores que já vi de toda a franquia. Não poderia acabar este post sem falar na música tema. Um primor a letra e tendo a voz maravilhosa de Adele para interpretá-la. A abertura do filme, após um longo prólogo, é embalada por tal canção, chamada Skyfall. Integrada ao filme, pode ter vida própria como um videoclip. Fantástico.

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

EL NEGRO - GASTRONOMIA EM BRASÍLIA (DF)



Endereço: SCLN 413, Bloco C, S/L 3-13, Asa Norte, Brasília, DF. (elnegro.com.br).

Fone: 61 3041 8775.

Especialidade: cozinha argentina, com destaques para os cortes de carne bovina.

Quando fui: almoço do dia 13 de outubro de 2012, sábado. Éramos quatro pessoas. Chegamos bem tarde, por volta de 15 horas, mas o restaurante ainda tinha movimento. Ficamos em uma mesa ao fundo, bem próximo ao Parque Olhos D’Água.

 Serviço: bom, mas precisa melhorar, pois nem sempre os garçons estão atentos à mesa. Ficar levantando a mão para ser atendido é muito chato.

O que bebi: uma caipirosca de lima com adoçante, feita com vodca Absolut, e uma garrafa de água mineral com gás.



O que comi: começamos dividindo duas entradas. Também dividimos três acompanhamentos dos pratos individuais, no caso, cortes de carne.

Provoleta parrillera – queijo provolone redondo grelhado e polvilhado com ervas. Muito bom para começar, acompanhada de uma bebida e de um bom papo.


Los 3 amigos – seleção de linguiças assadas na parrilha: tradicional suavemente picante, de frango e de cordeiro. A melhor delas é a de cordeiro, mas todas estavam bem temperadas e saborosas.


Ojo del bife – veio um pouco além do ponto, embora eu tenha pedido que viesse ao ponto, com um leve vermelho em seu interior. É o miolo do contra-filé, servido alto e bem macio. Acompanhou a carne farofa de ovos, bem amarela, gostosa, mas ainda longe da feita pelo restaurante Dom Francisco em Brasília; arroz parrillero, servido com pedaços de linguiça, ovo, cebola, tomate e batata palha, muito bom, melhor ainda com um fio de azeite extra virgem; e papas El Negro, cortadas no sentido vertical, assadas e depois levemente fritas, temperadas com sal, pimenta calabresa e orégano. A batata estava levemente picante, como eu gosto, mas faltou ser crocante, conforme anunciado no menu.



Valor total da conta: R$ 512,84.

Minha avaliação: * * *. Restaurante bem arejado, com boa carta de vinhos (não bebi porque era hora do almoço), decoração moderna.

Gastronomia Brasília

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE

Fui conferir no cinema mais uma comédia brasileira: Até Que a Sorte nos Separe. Ri muito da besteirada que rola durante o filme. Só de ter Leandro Hassum (Tino) no elenco já é garantia de boas risadas, mas todo o elenco está muito bem, com boas tiradas de todos os atores e atrizes. Danielle Winits (Jane) achou um tempo de comédia que me surpreendeu. É uma comédia pastelão, ou um besteirol, como quiserem chamar. A história é simples. Um casal, Tino e Jane, que vive apertado de dinheiro sempre tenta a sorte na loteria e em um belo dia eles são agraciados com um prêmio milionário, mudando completamente o modo de vida deles e dos dois filhos. A transposição de tempo é sensacional. A cena fecha no casal feliz deitado na cama coberto de notas de cem reais e abre com o mesmo casal acordando, já milionários, quando Tino está enorme de gordo e Jane está toda "trabalhada" na maquiagem e nas aplicações cosméticas. A coçada na barriga que Tino faz antes de levantar já enche a sala de cinema de gargalhadas e anuncia o que está por vir durante a projeção. O casal vive esnobando sua riqueza, em contraste com um vizinho, vivido por Kiko Mascarenhas (Amauri), que é todo metódico e utiliza a estatística para todos os passos que dá na vida, o que irrita sua mulher Laura (interpretada por Rita Elmor). Amauri odeia como seus vizinhos vivem, mas quando o dinheiro de Tino acaba, é ele o escalado pelo banco para orientá-lo como controlar as despesas e pagar as contas. Ambos os casamentos são desfeitos, o que acaba unindo os dois, para tudo acabar bem, como já era de se esperar. O inusitado do roteiro é que Jane tem um tio milionário, Tio Olavo (Maurício Sherman) e ela é sua única herdeira, mas Tino não gosta dele, tendo que se humilhar para conseguir uma ajuda financeira do tal tio. No passado, Tino era professor em uma academia de ginástica, motivo pelo qual ele pede para voltar a dar aulas lá. Um dos sócios olha para a barriga de Tino, não precisando dizer mais nada, mas o outro sócio dá uma chance. A cena de tino entrando na sala de ginástica é hilária. Quando ele resolve fazer uma demonstração de aeróbica ao som da música tema de "Flashdance", imitando os mesmos passos de Jennifer Beals, o cinema vem abaixo de tanto rir. Outro ator ótimo em cena é Ailton Graça no papel de Adelson, um amigo de Tino desde a época em que ele era duro de grana. Para ajudar Tino, Adelson tem que fingir que é um decorador gay. A composição escrachada de Graça para o falso decorador é garantia de muitas gargalhadas quando ele está em cena. A comédia é dirigida por Roberto Santucci e tem a pretensão única de entreter e o faz bem. Não é a toa que o filme já foi assistido por mais de dois milhões de pessoas nas salas de cinema pelo país.

filme

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

RESTAURANTE LEITE: O MAIS ANTIGO E TRADICIONAL DO RECIFE

Quando almocei no Restaurante Leite, em Recife, recebi do garçom um exemplar de um livrinho de 24 páginas que traz uma resenha sobre a história deste restaurante fundado em 1892 e é o mais antigo restaurante do Brasil em atividade. O livro na verdade é a reprodução autorizada do capítulo "Restaurante Leite: O Mais Antigo e Tradicional do Recife", integrante do livro "A Saga do Açúcar", escrito pela pesquisadora Fátima Quintas e editado pela Fundação Gilberto Freire. Leitura agradável e rápida, nos permitindo conhecer um pouco sobre este longevo exemplar da gastronomia brasileira, cuja culinária bebe da cozinha portuguesa. Tudo em casa!

literatura

terça-feira, 23 de outubro de 2012

ACABOU CHORARE - NOVOS BAIANOS - DISCOTECA ESSENCIAL (13)


Resolvi mexer em meus discos e acabou na minha mão a versão em CD do segundo disco dos Novos Baianos, Acabou Chorare, lançado em 1972 pela gravadora Som Livre. É um disco sensacional. Coloquei para ouvir. O grupo formado por Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor, Baby Consuelo (hoje, Baby do Brasil), Pepeu Gomes e Luiz Galvão transcendeu a mesmice que rondava a música brasileira no início da década de setenta, fazendo um disco alegre, com uma mistura interessante de ritmos e tendo o papa da Bossa Nova, João Gilberto, como mentor. São apenas 09 músicas, mas todas ótimas. Quando do lançamento em vinil, cada lado do disco recebeu cinco músicas, pois a segunda do lado A é reprisada no lado B. A primeira do lado A é Brasil Pandeiro, um samba de Assis Valente que recebeu toques de guitarra com o grupo, ficando gostosa de ouvir e de sambar. A segunda música é o estrondoso sucesso Preta Pretinha (Luiz Galvão e Moraes Moreira), que perpetuou no tempo, mesmo depois que o grupo se desfez, pois foi também gravada por Moraes em sua carreira solo e ainda toca até hoje no carnaval baiano. Parecia que sabiam do potencial de sucesso desta música, pois ela é repetida, em versão reduzida, na quinta faixa do lado B do vinil. Uma jogada da gravadora para tocar nas rádios. Outro sucesso deste disco é Besta É Tu (Luiz Galvão, Pepeu Gomes e Moraes Moreira), um samba rasgado que se tornou hino de uma geração. Tinindo Trincando (Luiz Galvão e Moraes Moreira) traz um solo de guitarra de Pepeu, mostrando o excelente músico que ele se tornaria ao longo dos anos. Hoje, Pepeu Gomes é figurinha carimbada na programação do Clube do Choro em Brasília, mostrando todo seu virtuosismo na guitarra. E ainda tem Acabou Chorare (Luiz Galvão e Moraes Moreira), que dá nome ao disco, e tem a cara de João Gilberto. Enfim, um disco maravilhoso, que entrou na lista da edição brasileira da revista Rolling Stones como o disco número um entre os 100 melhores discos da música brasileira. Realmente, merece o lugar no posto mais alto do pódio. Presença obrigatória em qualquer coleção de discos de música brasileira.

disco
música

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

GASTRONOMIA EM RECIFE (PE) - RESTAURANTE LEITE



Endereço: Praça Joaquim Nabuco, 147, Santo Antônio, Recife, Pernambuco.


Fone: 81 3224 7977.

Especialidade: culinária portuguesa.

Quando fui: almoço do dia 15 de outubro de 2012, segunda-feira. Estava só em dia de pouco movimento em Recife por causa das comemorações do dia dos professores e do dia dos comerciários. Não tinha reserva, mas não foi necessário, pois cheguei cedo, pouco após o meio dia, ficando por volta de uma hora e quinze minutos no restaurante. Fui acomodado em uma mesa no meio do salão da direita de quem entra.

 Serviço: bom, sem firulas, com garçons simpáticos e eficientes.

O que bebi: água mineral com gás de rótulo próprio do restaurante, chamada Leite, engarrafada na região de Garanhuns, Pernambuco; caipirosca de tangerina com vodca Absolut (R$ 16,00), que estava muito boa, refrescante; e um café espresso Lavazza ao final da refeição.



O que comi: aceitei o couvert, composto por uma cesta de pães e torradas, acompanhada de azeitonas verdes, abobrinha cozida em fatias, bolinho frito de peixe, patê de frango, patê de queijo e manteiga. Apesar de bem servido, o couvert é fraco, sem muito sabor. Torradas ruins. Melhor não aceitá-lo, pois há ótimas opções de entrada e de prato principal no menu. Fiquei na dúvida entre alguns pratos da culinária tradicional portuguesa, pedindo ajuda ao garçom, que me indicou uma das especialidades da casa, o prato chamado Amantes do Mar (R$ 69,00): filé de garoupa cozido, camarão e lagostins grelhados, tudo por cima de um caudaloso arroz de polvo. É bem servido, chega fumegante à mesa e é muito saboroso. O arroz de polvo do Leite é bem diferente dos que comi em restaurantes portugueses. É bem molhado, quase um ensopado, mas é muito bom. Fechei o almoço pedindo a sobremesa inventada no restaurante, a Cartola Pernambucana (R$ 17,00): banana da terra frita e queijo manteiga, polvilhada com muita canela e açúcar. Depois de saborear este doce, todas as demais cartolas que já comi por aí ficaram no chinelo.


couvert


Amantes do Mar


Cartola Pernambucana
Valor total da conta: R$ 130,30.

Minha avaliação: * * * 1/2. Restaurante com decoração clássica, música ao vivo tocada discretamente e em volume adequado por um pianista. Clássico da gastronomia recifense, existindo desde 1882, sendo o restaurante em atividade mais antigo do país.

Gastronomia Recife  (PE)

domingo, 21 de outubro de 2012

CONFRARIA VINUS VIVUS - 70ª REUNIÃO


Confraria Vinus Vivus fez sua reunião de número 70 na noite do último dia 08 de outubro de 2012, quando o confrade Bruno nos recebeu para a degustação de vinhos brancos de castas pouco conhecidas. Mais uma vez não estivemos completos, pois os confrades André e Ricardo não compareceram. Nesta ocasião, tivemos a presença de Eugênio Echeverria que compartilhou conosco suas impressões sobre os vinhos da noite:

Vinho 1 – Hans Wirsching Kabinett Trocken


Safra: 2009.
Álcool: 13%.
Casta: 100% silvaner.
Produtor: Weingut Hans Wirsching.
Região: Francônia, Alemanha.
Cor: palha.
Aromas: bem leve, frutado, floral, cítrico. 
Boca: carbônico, equilibrado, leve, deixa um amargor na boca, embora tenha uma doçura disfarçada, fresco, tons de damasco ao final.
Estágio: não passa por madeira.
Harmonização: lombo de porco grelhado.
Importador: Mistral.
Valor: R$ 107,00.
Observações: não tem rolha de cortiça. Utiliza o sistema de screwcap. Recebe a classificação de pradikatswein.
O preferido da noite por Leo e Cláudia.

Vinho 2 – Korta Katarina


Safra: 2008.
Álcool: 13,6%.
Casta: 100% posip.
Produtor: Riviera Orebic e Bana J. Jelacica.
Região: Orebic, Croácia.
Cor: amarelo dourado.
Aromas: fruta, mineral, capim limão, sílex, metálico, baunilha, defumado. 
Boca: damasco seco, mineral, deixa um retrogosto de mel.
Estágio: 50% fermentam e estagiam de seis a oito meses em barricas velhas e os outros 50% em tanques de aço inoxidável.
Harmonização: frutos do mar.
Importador: Decanter.
Valor: R$ 240,00.
O preferido da noite por Vera  e Fernanda.

Vinho 3 – Gravner Anfora


Safra: 2005.
Álcool: 13%.
Casta: pinot Blanc, sauvignon Blanc e riesling itálico.
Produtor: Gravner Francesco.
Região: Friuli, Itália.
Cor: cobreado, cor de âmbar.
Aromas: betume, oxidado, ameixa, damasco seco. 
Boca: remédio, medicinal, amargo, ferrugem.
Estágio: três anos em bote (500 litros) de madeira usada. Fermenta em ânforas de barro.
Harmonização: carne de caça, carnes exóticas, vitelo.
Importador: Decanter.
Valor: R$ 380,00.
Observações: tem peso de um vinho tinto.
O campeão da noite, sendo o preferido de Bruno, Abílio, Keller, Eugênio e Marcos.

Após esta degustação de vinhos brancos, o anfitrião nos brindou com um churrasco completo. Para acompanhar a iguaria, apreciamos quatro vinhos elaborados com a casta malbec, todos em perfeita harmonia com o ótimo churrasco: Sophenia Syntesis 2008; Bressia Conjuro 2006; Angelica Zapata 2008; e Chateau Chevaliers Lagrézette 2004. Os três primeiros produzidos na região de Mendoza, Argentina e o último na região de CahorsFrança.

Já temos novo encontro marcado para o dia 27 de novembro, quando será nossa reunião de final de ano, vez de apreciarmos alguns vinhos top de linha.

vinho
gastronomia

sábado, 20 de outubro de 2012

O EXÓTICO HOTEL MARIGOLD

Juntar grandes atores e atrizes em um único filme nem sempre é sinônimo de uma boa película. Em O Exótico Hotel Marigold (The Best Exotic Marigold Hotel) a reunião dos veteranos Judi Dench, Tom Wilkinson, Bill Nighy, Penelope Wilton e Maggie Smith, além da presença dos jovens Tena Desae e Dev Patel, não surtiu um bom filme. A história é até interessante. Um grupo de idosos que não se conhece compra pela internet um pacote com estadia longa em um hotel na Índia. Quando lá chegam, descobrem que o tal hotel é velho, decadente e não tem nenhum hóspede. Com situações previsíveis, o filme foca nos relacionamentos entre os idosos e destes com o gerente-dono do hotel, o jovem e sonhador Sonny Kapoor. O diretor John Madden não consegue explorar as características de cada personagem, embora tivesse nas mãos temas delicados e que tocam qualquer plateia, especialmente quando se trata de personagens da terceira idade. Racismo, homossexualismo, casamentos mantidos apenas por aparência, isolamento dos idosos, rejeição, tudo isto em uma Índia conservadora, presa a tradições, mas ao mesmo tempo com um olho no futuro, com horizonte promissor, são alguns dos temas que poderiam ser melhor explorados, mas como eram muitos, o diretor se perdeu, acabando por não aprofundar nenhum deles. As histórias individuais de cada personagem também tem problemas, pois a profusão de personagens atrapalha um melhor trabalho. Ao final, o que poderia render um ótimo filme, até mesmo emocionalmente, acabou sendo uma película mediana, sem rumo, com algumas belas fotografias da Índia. Definitivamente não gostei.

filme

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ESPELHO, ESPELHO MEU

Quando Hollywood resolve focar em um tipo de filme, aparecem várias versões para o mesmo tema. A onda nos últimos dois anos é fazer adaptação adulta para clássicos dos contos de fada. Branca de Neve e Os Sete Anões foi revisitado duas vezes em 2012. Em ambos os casos não superaram um clássico. A ingenuidade do desenho animado da Disney continua sendo a melhor versão para as telonas deste conto de fadas. Vi Branca de Neve e O Caçador (Snow White and The Huntsman) no cinema em junho de 2012 e não gostei. Em setembro, foi a vez de eu conferir Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror), produção americana de 2012, dirigida por Tarsem Singh. Embora seja mais bem humorado do que a outra versão deste ano, com algumas ótimas tiradas dos anões, também é um filme fraco. A rainha malvada é vivida por Julia Roberts, que cada dia que passa fica mais feia, enquanto o inusitado fica por conta da cantora pop Lily Collins interpretar Branca de Neve. Ela até que se sai bem e para quem gosta de ouví-la cantar, é só esperar os créditos finais, quando há um número musical com ela, no melhor estilo O Mágico de Oz. Armie Hammer vive o Príncipe Alcott e Nathan Lane dá vida a Brighton, o ajudante atrapalhado da rainha que tem a missão de caçar Branca de Neve e matá-la, levando o coração da jovem como prova para a malvada. Os efeitos especiais são um diferencial da película, especialmente nas cenas em que a rainha consulta o espelho. Na verdade, nesta versão, ela entra no espelho, passando para uma outra dimensão. As cenas com os anões em suas pernas mecânicas especiais também é um elemento inovador do roteiro para esta versão adulta. Na comparação entre as rainhas, Charlize Theron, da outra versão sai vencedora, enquanto em Espelho, Espelho Meu, Collin se sai infinitamente melhor do que a insossa Kristen Stewart, estrela de Branca de Neve e O Caçador. Enfim, Espelho, Espelho Meu cumpre sua missão. Diverte, mas se esquece do filme assim que ele acaba.

filme

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A LONGA VOLTA DE DUBAI PARA O BRASIL

Cinco horas da manhã. Todos prontos, com check out feito no Radisson Blu Deira Creek. Era manhã quente de sábado, 29 de setembro, dia de voltar para casa. A van do hotel já nos aguardava. Pelo traslado, pagamos DHS 100 (R$ 55,20 ou U$ 27). O trajeto até o aeroporto durou vinte minutos. O Aeroporto Internacional de Dubai é imenso, com amplo espaço nos corredores dos balcões de despacho das companhias aéreas. Fomos para o balcão da Emirates, onde fizemos um rápido check in, pois não havia quase ninguém na fila. Despachei duas bagagens, ficando com uma mochila e uma bolsa para ir comigo no avião. Quando todos estavam com os respectivos cartões de embarque nas mãos, fomos para o controle de raio X e, em seguida, passamos pela imigração. Até ali, muita calmaria no aeroporto. Mas foi entrar no saguão principal para toda a calma se dissipar. Um turbilhão de gente andava no corredor central entrando e saindo das lojas, procurando o seu portão de embarque. Idiomas diversos eram ouvidos. Vestimentas diversas confirmavam que ali era um aeroporto de ligação entre todos os continentes. Passei com V em uma loja de vinhos, parando também na loja de souvenir da Emirates onde comprei mais um pin para minha coleção. Eu e V seguimos para nosso portão de embarque que ficava em uma ala nova do aeroporto. Tivemos que andar bastante para chegar. Lá nos encontramos com S, D e C. Ficamos sentados nas cadeiras em frente ao portão indicado no cartão de embarque, mas com uma hora e meia antes do embarque, um funcionário da Emirates pediu para que todos deixassem aquela sala, pois deveríamos aguardar o controle de segurança da empresa para ali ficar. Voltamos para a área externa, onde há poucos lugares para se sentar. Ficamos ali até que fizeram a chamada. Entramos em uma fila. Algumas pessoas ignoravam solenemente a fila, passando na frente de quem esperava educadamente sua vez. Houve um atraso de vinte minutos para o embarque, que aconteceu remotamente, tendo que pegar um ônibus até a porta do avião.
Minha poltrona era no corredor, assento 19D. Logo chegou o ocupante do assento do meu lado direito. Era um homem grande e parrudo. Logo senti que teria problemas de espaço, o que de fato ocorreu durante toda a viagem, quando tinha que empurrar a perna ou o braço do homem para o seu canto.
Viajar de dia em voos muito longos é muito ruim. Não consigo dormir e as horas parecem nunca passar. O entretenimento a bordo dos aviões da Emirates é muito bom, mas chega uma hora que nada me atrai, pois o desconforto da poltrona, a falta de espaço para as pernas e a barriga que incha são fatores que contribuem para esta situação de irritação. Fico tão ansioso que não tenho paciência para assistir a um filme ou quando a comida é servida, como mais rápido do que costumo comer, e olha que sou rápido neste aspecto.
Para piorar, quando passamos por cima da África, tivemos um longo percurso com turbulência, o que acabou deixando todo mundo tenso.
Para tentar passar o tempo, escutei música um certo tempo. Depois resolvi ver um filme. Minha escolha foi entre os lançamentos mais recentes: Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror), produção de 2012 dirigida por Tarsem Singh e estrelada por Julia Roberts, que durou cerca de 100 minutos. Em seguida, passei os olhos na revista de bordo e tentei dormir, mas me faltava espaço. O homem ao meu lado roncava e se esparramava onde não tinha lugar. Não tive dúvidas em dar um cutucão na perna dele.
Como não dormia, escolhi novo filme. Desta feita, O Exótico Hotel Marigold (The Best Exotic Marigold Hotel), produção de 2011 dirigida por John Madden, com um elenco de ganhadores ou indicados ao Oscar. Mais um passatempo de pouco mais do que duas horas.
Depois, não consegui ver mais nada, pois já estava bem irritado e minha dor de cabeça tinha voltado.
Foi duro aguentar as quinze horas de voo.
Pousamos no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, perto de 17 horas, com meia hora de atraso do horário previsto. Houve uma longa demora para sair do avião. Enfim, em solo brasileiro, mas ainda longe de casa. Tinha que esperar ainda mais quatro horas e meia para o voo para Brasília. Aguardamos por um longo tempo para recolher nossas malas e, depois, passamos na loja Dufry, onde minhas compras se concentraram em perfumes e chocolates. Na fila para pagar tive a notícia que Hebe Camargo tinha morrido. Nenhum de nós foi parado na Receita Federal, mas ninguém tinha nada demais nas bagagens. Fomos direto para o balcão da TAM para fazer nosso check in e despachar as bagagens. Eu, S, D e C logo tivemos nossos cartões de embarque, enquanto V teve problemas, pois sua reserva não era encontrada. Ela teve que ir à loja da Emirates resolver o caso, o que foi logo solucionado. Com todo mundo cansado e com malas despachadas, era hora de comer alguma coisa. Nada melhor do que algo bem brasileiro: pão de queijo com café. Após este rápido lanche, fomos para a sala de embarque. Nossa espera foi maior, pois o voo atrasou quase uma hora para sair. Chegamos em Brasília perto de meia noite, quase na madrugada de domingo.
Nada como chegar em casa, tomar um bom banho e deitar em uma cama gostosa. Chegava ao fim nossa ótima viagem pela China e por Dubai, Emirados Árabes Unidos.

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

BURJ AL ARAB


O táxi que nos levava ao hotel Burj Al Arab parou em frente a uma cancela, onde um número considerável de turistas tentava o melhor ângulo para tirar fotos do hotel em forma de vela içada. Ninguém passava daquele ponto sem se apresentar ao controle local. Só tem permissão de passar quem é hóspede do hotel ou tem reserva confirmada em um dos bares ou restaurantes do lugar. Era nosso caso, pois tinha feito reserva pelo site do Burj Al Arab para jantar às 19 horas no Al Iwan, um restaurante especializado na culinária árabe. Tal reserva foi feita com dois meses de antecedência, tendo recebido sua confirmação por e-mail juntamente com um código. O motorista desceu o vidro e eu apresentei o papel impresso com o número de confirmação de nossa reserva. O funcionário do hotel conferiu e, muito educadamente, nos desejou uma ótima noite nas dependências do hotel. A porta estava aberta para nós, pobres mortais!
Percorremos uns oitocentos metros de carro, parando na suntuosa porta do hotel, quando homens com luvas brancas abriram as portas do táxi, nos dando boas vindas. Em frente, uma linda fonte enfeitava a entrada. Ao entrar, o impacto visual é grande. É tão suntuosa a decoração, que beira o brega. Amarelo, dourado e vermelho são as cores que dominam no hall de entrada. Na confirmação da reserva estava escrito que ela não dava o direito de passear pelas dependências do hotel, mas parece que ninguém liga para isto, pois todo mundo que chegava para jantar fazia um tour pelas áreas comuns do hotel. Fizemos cara de paisagem, tiramos muitas fotos no hall, subimos a escada rolante que dá acesso ao primeiro piso, onde fica o Al Iwan, o restaurante onde jantaríamos. O pé direito do vão interno do hotel é imenso, praticamente do tamanho de sua altura total. Luzes verde e rosa eram projetadas nas varandas dos 27 andares do hotel, todas voltadas para o vão interno do hotel. Sofás vermelhos eram um convite para nos sentarmos. Seguimos em frente, em direção aos elevadores, passando por uma loja de joias e uma tabacaria. Os tapetes tem motivos geométricos com a predominância do vermelho. As portas dos elevadores são impactantes, todas em dourado. A maioria das pessoas que fazia o mesmo "tour" parava para tirar fotos nestas portas. Claro que fizemos o mesmo. Um grupo de japoneses entrou em um dos quatro elevadores. Quis fazer o mesmo, mas C e V acharam que era muito mico. C teve a ideia de nos apresentarmos no restaurante, pedindo para verificarem se havia possibilidade de um esquenta no bar localizado no 27º andar. Aprovamos a ideia. Voltamos para a entrada do Al Iwan, onde uma simpática hostess nos atendeu, conferindo a reserva, dizendo que nossa mesa estava pronta. Faltava mais de meia hora para o horário marcado. Perguntamos se havia possibilidade de conseguir uma mesa no Al Muntaha Skyview. Ela prontamente nos atendeu, pedindo para aguardar ali mesmo, quando um garçom nos serviu um drinque sem álcool com água de pétalas de rosas. Assim que desligou o telefone, ela informou que só tinha mesa no bar, pois todas as localizadas próximas às paredes de vidro já estavam ocupadas. Aceitamos a oferta. Imediatamente um outro funcionário nos conduziu até um dos elevadores de portas douradas. Ele foi muito gentil ao segurar a porta, apertar o número 27 e nos desejar uma ótima noite. Ele não foi conosco no elevador. Como tinha hóspede também subindo, paramos em dois andares antes de chegar ao topo. Quando chegamos, o mesmo funcionário nos recebeu (ele subira no elevador expresso), conduzindo-nos para nossa mesa, que já estava preparada. O bar é muito bonito, com luzes verdes e azuis no teto. Mesmo sentado no bar, em mesa mais alta, é possível ter a mesma vista de quem senta nas mesas próximas ao vidro. Como era noite e o hotel fica em uma ilha artificial avançada no mar, não se tem uma vista cheia de luzes. Colocaram uma série de petiscos na mesa, que assim que terminaram, foram repostos. Resolvemos pedir um drinque. Um barman veio para nos auxiliar. Ele queria que eu experimentasse um drinque a base de leite de camela. Não gostei da ideia e quando vi o preço - algo em torno de R$ 300,00 - desisti de vez de experimentá-lo. A carta de drinques é grande, com preços muito salgados. Bebi um drinque à base de limão, muito saboroso, que custou cerca de R$ 60,00. C, V e D também pediram drinques. Perto de 19 horas, um garçom veio nos avisar que já estava na hora de nossa reserva para jantar no Al Iwan, mas se quiséssemos, poderíamos ficar mais um tempo no bar que eles avisariam ao restaurante. Resolvemos ir jantar. Pagamos a conta: DHS 575 (R$ 323,58 ou U$ 156.54). Ao sair, uma fila se formava em frente à hostess do bar. Era o pessoal que chegava para a noitada, todos com reserva confirmada. Pegamos o elevador expresso. Ele é panorâmico e não tem ar condicionado. Um forno. A hostess do Al Iwan nos saudou novamente, conduzindo-nos para nossa mesa. O restaurante segue a linha brega-chique da decoração do hotel, com muito vermelho. Nas paredes lamparinas com fogo falso! Al Iwan é um restaurante com buffet livre. São quatro cinco ilhas de buffet. Uma com entradas da culinária árabe; outra com entradas da culinária internacional, onde predominavam pratos com frutos do mar; outra com pratos quentes, também da culinária árabe; uma quarta com pratos quentes da cozinha indiana (esta ilha sempre é alterada); e uma com sobremesas, onde há pratos das cozinhas árabe e internacional. Para brindar nossa última noite desta viagem, pedimos o vinho tinto francês Dourthe Reserve 2008, produzido na região de Saint-Emilion, com 12,5% de álcool, tendo em sua composição as castas merlot e cabernet sauvignon (DHS 540 - R$ 300,00 ou U$ 147). Harmonizou bem com os pratos quentes, especialmente os com carne de cordeiro. Bebemos Acqua Panna para acompanhar o vinho. A comida não faz jus ao preço exorbitante que eles cobram. É apenas digna. No entanto, queríamos conhecer o hotel e, para tanto, era necessário uma reserva em restaurante do lugar. Consultamos dicas na internet, além de conselhos de pessoas conhecidas que já tinham lá estado e a imensa maioria foi por jantar no Al Iwan. Após mais de duas horas no restaurante, pedimos a conta, ficando para cada um o montante de DHS 723, ou seja, pagamos cerca de R$ 400,00, valor individual, por um serviço de buffet + uma garrafa de vinho tinto. Antes de sair do hotel, ainda fizemos novas fotos no hall. Pegamos um táxi que acabara de deixar clientes. Voltamos satisfeitos para nosso hotel, onde passamos nossa última noite em Dubai. Uma longa volta de avião nos aguardava no dia seguinte.










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