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quinta-feira, 19 de abril de 2012

SHAME


Dois amigos falaram muito bem do filme Shame (Shame), produção inglesa de 2011 dirigida por Steve McQueen. Fui ao CasaPark Shopping na noite de terça-feira, 10 de abril, meio sem rumo, sem saber se iria lanchar, passear na Livraria Cultura ou ver a palestra de Claude Troigros. Ainda sem destino certo, perambulei pelos corredores do shopping, passando em frente ao Espaço Itaú de Cinema. Resolvi checar os filmes em cartaz e um deles era justamente Shame, com sessão às 21:10 horas. Eram 20:45 horas. Decidi comprar ingresso. Havia uma pequena fila, mas havia muitas pessoas atendendo na bilheteria centralizada. Com assento marcado no ato da compra, utilizei o cartão de crédito Itaucard para pagar meia entrada, ou seja, R$ 8,50. A sala recebia público escasso, em sua esmagadora maioria mulheres. O filme é estrelado por Michael Fassbender. Na verdade, a história é toda centrada no personagem vivido por Fassbender, Brandon, um homem egoísta, centrado em si próprio, viciado em sexo. No início, parece que ele lida bem com seu vício, sem se importar se paga prostitutas para ter sexo ou navega em sites pornográficos com o mesmo fim. Mas quando sua irmã, Sissy (Carey Mulligan), chega inesperadamente em seu apartamento e resolve ficar, sua vida se desestrutura. Ele começa a refletir sobre o fazer sexo simplesmente por fazer, mas a cidade de Nova Iorque, onde se passa a história, parece conspirar contra ele, com atrativos sexuais a cada esquina, no metrô, nos hotéis envidraçados e mesmo no trabalho. Ao mesmo tempo em que não consegue parar de pensar e fazer sexo, não aceita o fato de seu chefe, casado, transar com sua irmã em seu próprio quarto. Um conflito se estabelece em sua cabeça. Ele chega a brochar com uma colega de trabalho. O vício fala mais alto e ele mergulha de cabeça no mundo sexual novaiorquino, a ponto de passar uma cantada em uma jovem em um bar sem se importar que o namorado dela estivesse presente, ou fazer experimentações homossexuais com parceiro desconhecido, encontrado em local barra pesada. Paralelamente a isto, sua irmã também entra em um processo depressivo, com sérias consequências para ambos. O filme acaba triste, com Brandon chorando em uma rua deserta debaixo de chuva. O choro de desespero ao final sinaliza a vergonha de Brandon por ter se deixado levar pelo vício sexual, sem se importar em construir um relacionamento sério ou mesmo ter maior presença na vida de sua irmã. Embora com pouco mais de 100 minutos de duração, a narrativa do filme é lenta, a cor escolhida é pálida e os diálogos são, geralmente, curtos, fazendo valer a força da imagem. Por isto, não é um filme fácil de se ver. A mulherada dentro da sala de cinema ficou assanhada nas primeiras cenas, pois Fassbender aparece nu, tanto de frente quanto de costas. A performance de Michael Fassbender lhe valeu mais de uma dezena de indicações como melhor ator em festivais de cinema ao redor do mundo, sendo que em muitos ele saiu como vencedor. Realmente sua interpretação é magistral. Gostei muito.

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