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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CENA CONTEMPORÂNEA - DIA 8

E a saga continua: a oitava noite seguida que eu assisto alguma peça do festival Cena Contemporânea. Nesta terça-feira paguei R$ 16,00 para assistir à peça O Jardim do Mundo (El Jardín del Mundo) do grupo espanhol Creaciones Artísticas Las Cuatro Esquinas. A sala Martins Penna do Teatro Nacional Cláudio Santoro recebeu menos da metade de sua capacidade de público. Como já é rotineiro, houve um atraso de quinze minutos para começar a história sobre tortura encenada pelos atores Esteban G. Ballesteros, Francisco Blanco e Maite Vallecillo, com direção e dramartugia de Memé Tabares. Embora o texto gire em torno de torturas, dos sentimentos do torturado, do torturador e das pessoas que gravitam ao redor destes dois, há um momento de humor onde, em uma espécie de programa de auditório cujo apresentador está fantasiado a la Zé do Caixão, explicam com três exemplos os desaparecimentos de pessoas aparentemente inofensivas à sociedade. É um texto-denúncia, com encenações fortes, mas fracas se compararmos o que o teatro brasileiro já mostrou sobre as torturas na época da ditadura militar no país. Ao sair do espetáculo, observei os comentários do público. Muitos não gostaram, acharam massante e longo, com cenas repetitivas demais. Filio-me a este grupo, pois a maior parte dos 80 minutos encenados (no programa do festival a informação é de duração de sessenta minutos) não me entusiasmou. Aliás, está faltando entusiasmo nas peças integrantes do Cena. Tive a oportunidade de conversar com cinco pessoas antes do início da peça e com mais duas depois, todas assíduas nos teatros da cidade. Pode ser uma amostra pequena, mas todos estão falando sobre a quantidade de espetáculos ruins. Claro que Abracadabra encabeça a lista dos piores do festival. O interessante é a pergunta que tem sido feita em relação a esta peça: quantos minutos você aguentou dentro do teatro? Espero que as coisas melhorem até o próximo domingo, quando esta edição se encerra. Till continua sendo a minha preferida deste ano.

3 comentários:

  1. Noel,
    Também não vi nada noFIT BH que me tenha arrebatado, mas, ao contrário daí, vi peças ótimas como Lamartine Babo, do CPT, Clarice, com a Beth Goulart, Hamelim, como o Brichita, Vida, com a Companhia Brasileira de Curitiba, O Banquete, com a trupe do Zé Celso.
    E ainda tinha também Till, mas essa já tinha visto.
    Parece que aí tá dureza, né?
    Bjs

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  2. É Pek, não está sendo fácil (lembra da Kátia?). Espero que até domingo haja peças interessantes.

    Bjs.

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  3. Claro que me lembro dela, Noel.
    Acaso não viu a letra inteira de Lembranças no meu facebook?
    Como disse lá no Insensatez, passei nas Americanas e comprei o CD de 20 supersucessos dela.
    bjs

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